domingo, 2 de dezembro de 2012

Abordagem Empírico-Experimental ou "da persuasão"

Diferentemente da Teoria Hipodérmica, que trata de manipulação ou dominação, a teoria a ser abordada aqui, trata de persuasão afirmando que o indivíduo tende a se interessar por informações que façam parte de seu contexto, isto é, adequar-se aos fatores pessoais do destinatário. Baseada em aspectos psicológicos (determinante no que diz respeito ao esforço do emissor), essa teoria defende que a mensagem passada pela mídia não é assimilada de imediato pelo receptor. Assim, temos o seguinte trânsito entre modelos comunicacionais: E→R (Estímulo → Resposta) para E→FP→R (Estímulo→Fatores Psicológicos→Resposta).

Processo de aplicação da Teoria Empírico-Experimental observa os seguintes tópicos para o sucesso da campanha persuasiva;

-O destinatário (audiência): interesse do indivíduo em obter informações; percepção do sujeito é seletiva, guardando para si informações mais importantes em detrimento de informações ditas secundárias.

-Fatores ligados à mensagem: credibilidade da fonte, o que garante maior persuasão; ordem das argumentações - primacy (argumentos iniciais têm maior eficácia) - recency (argumentos finais têm maior influência).

*É importante ressaltar que ambos os itens acima assumem a possibilidade do estado de efeito latente (efeito de aceitação); coisas que hoje não nos chama a atenção, pode mais tarde se tornar algo do seu campo de interesse. Ex.: calça saruel, candidatos políticos, etc.


Abordagem Empírico de campo ou "dos efeitos limitados"

Apesar de ser baseada na Teoria da persuasão, a teoria dos efeitos limitados é baseada em aspectos sociológicos. Essa teoria coloca a mídia apenas como meio de persuasão que tem influência limitada no meio social assim como na política, escola, igreja, etc. 
Aqui, o mass media é ainda o objeto de estudo principal, estando, porém, relacionado aos processos de formação de opinião. Tal teoria tem forte contribuição para o desenvolvimento do two step flow - fluxo de comunicação em dois níveis - uma espécie de agenda informativa; você se utiliza de um formador de opinião como meio. Ex.: utilização desta "agenda" para fazer uma reportagem.
twostepflow.jpg (275×200) 

Paul Lazarsfeld:

- análise de conteúdo (quem assiste? qual o público?);
- características dos ouvintes (qual o nome? idade? o que faz?);
- estudos sobre as gratificações (por que ouve o programa? diferencia algo em sua vida?).

Desta forma ela faz referência à relação indireta que tem a propaganda feita para a massa com a manipulação desta, tratando a mídia como simples contribuinte no meio comunicacional e não como causa exclusiva de efeitos de audiências relativos a tal processo.

Nathália d'Oliveira

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