quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Paradigma Crítico Radical - A crítica da Industria Cultural - Francisco Airton

Paradigma Crítico Radical: A crítica da Industria Cultural - A Teoria Crítica se propõe como a teoria da sociedade entendida para ser uma totalidade, pretendendo evitar a função ideológica das ciências e das disciplinas setorizadas, tendo como ponto de partida a análise do sistema de economia de mercado e a crítica dialética da economia política, dentro dos fundamentos do materialismo marxista. Segundo a abordagem crítica, a pesquisa em comunicação deve fundamentar-se em uma visão reflexiva e humanística, respondendo a questões básicas sobre o seu significado social.
    A escola do pensamento crítico questiona as consequências do desenvolvimento dos novos meios de comunicação na produção e transmissão da cultura. Para os membros do grupo de Frankfurt, a sociedade capitalista entrou em um estágio radicalmente diferente com a implantação dos meios de comunicação de massa, que tiram da classe operária a capacidade de refletir e resistir ao sistema. O proletariado perdeu a sua capacidade revolucionária ao permitir o surgimento de sistemas totalitários como o nazismo e o stalinismo e, sobretudo, a implantação da indústria cultural nos países capitalistas.
    O indivíduo é considerado apenas como empregado e consumidor, e, dessa forma, a própria humanidade é reduzida às condições que representam os interesses da ideologia dominante. A indústria cultural é a portadora da ideologia dominante, que é a própria justificativa e razão de ser do sistema. A indústria cultural é aliada e cúmplice da ideologia capitalista, e suas ações contribuem de forma eficaz para falsificar as relações entre os homens e as relações dos homens com a natureza, de tal forma que o resultado final constitui uma espécie de anti-iluminismo.
    Apesar da aparente liberdade dos indivíduos, os meios de comunicação reproduzem as relações de força do aparelho econômico-social. A racionalidade técnica é a do próprio domínio, é o caráter repressivo da sociedade que se auto aliena.

Exemplo: 


Análise: Observando o Reality Show BBB presente anualmente no cotidiano de pessoas em todo o Brasil e parte do mundo, observa-se que à todo momento. Quem determina o que é a cultura, querendo ou não, é a burguesia. Pois eles fazem com que a população se fixe diante de uma televisão para observar o que eles querem. Desta forma as pessoas que ali assistem o programa BBB estão submetidas a receber todas as informações que eles querem passar e acabam que por fixar em suas cabeças. A burguesia de modo geral transforma o que poderia ser uma cultura em uma maquina de $$$$$. Desta forma impossibilitando que classes mais baixas criem uma cultura própria e critica. O que chamamos de liberdade de expressão, não passa de um meio de manipular a todos, pois achando que podemos tudo, mas fechamos os olhos para tudo. Uma forma de publicar somente o que a "elite" quer! A indústria cultural produz uma "padronização-individualização" onde a propaganda e a manipulação possuem papel fundamental. Manipulação esta, que esta na música, no cinema e até na padaria da esquina. Tudo isso pelo LUCRO. "O homem manipula-se entre si, porque não se reconhece, nem se vê no outro, vive em busca do poder, mas o Poder já era antes dele".

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