quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A Obra de Arte na Era de sua Reprodutibilidade Técnica - Francisco Airton

A Obra de Arte na Era de sua Reprodutibilidade Técnica - Em sua essência, a obra de arte sempre foi reprodutível. Em contraste com a forma de reprodução do passado. A reprodução técnica da obra de arte representa um processo novo, que se vem desenvolvendo na história intermitentemente, através de saltos separados por longos intervalos, mas com intensidade crescente. Benjamin cita a xilogravura, o desenho, a imprensa, a litografia, a fotografia, como exemplos de uma fácil reprodução de uma mesma obra de arte, esta “extraída” para um número além do original criando infinitas cópias deixaria de ser uma "Obra de Arte". Benjamin fala que mesmo na reprodução mais perfeita, um elemento está ausente: o aqui e agora da obra de arte, sua existência única, e somente nela, que se desdobra à história da obra. O que se tem na frente dos olhos não é o original, mas uma obra existencial serial como ele mesmo define o objeto reproduzido o qual, muito embora contenha lá suas vantagens, não poderá nunca ser tomado no lugar do original.

Exemplo:





Análise: A aura seria a autenticidade de uma obra de arte. Quando essa mesma obra de arte é reproduzida em vários exemplares a obra não se torna algo autêntico, perde-se a originalidade e há uma desvalorização e o nome que damos para esse exemplo é a “perda de aura". O valor de culto é relacionado com as práticas mágicas e culturais e as verdadeiras origens da obra de arte que foram esquecidas. Todos esses rituais mágicos, não foram feitos para serem expostos para preservar a imagem ou escultura como obra de arte. Quando essas obras são expostas ela perde seu caráter sagrado e esse valor de exposição pode mudar radicalmente a função de arte. Para os gregos apenas o molde e a cunhagem eram técnicas de reprodução de obras de arte fabricadas em massa e com essas técnicas eram fabricadas as moedas e as terracotas, todas as demais obras eram irreprodutíveis e permanecia o valor de eternidade por serem únicas. Por mais que uma reprodução seja perfeita há um elemento ausente, a sua existência única, o lugar em que ela se encontra. Nessa existência é que há a história da obra, e somente análises químicas ou físicas que se pode perceber a passagem do tempo em sua estrutura, análises estas que não podem ser realizadas em uma reprodução. Assim observa-se nas imagens de Monalisa acima. Existem várias cópias e além disso modificadas. Um crime contra a Obra de Arte.

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