A expressão Indústria Cultural visava substituir a expressão Cultura de Massa. Ela é responsável pela produção cultural em série ou industrializada, ou seja, o produto cultural industrializado ou produzido em série ou em massa, mediante a utilização de técnicas de reprodução, por uma classe diferente daquela que vai consumir. O acesso à informação, que deveria ser o instrumento da modernidade para libertar a consciência humana do medo, libertando os homens do mundo da magia e do mito, conduzindo-os para a liberdade por meio da ciência e da tecnologia, não apenas deixa de cumprir essa missão, como se torna ela própria um instrumento de dominação. Para Horkheimer, o homem do período iluminista difere do homem que convive com o saber especializado. Benjamin faz uma análise das causas e consequências da destruição da aura que envolve as obras de arte como objetos individualizados e únicos: o progresso das técnicas de reprodução faz com que a aura, dissolvendo-se nas várias reproduções do original, tire da obra de arte o seu status de raridade. Nesse contexto, os veículos de comunicação passam a ser vistos como meios de dominação e poder, elementos inseridos na indústria cultural e com capacidade de violência simbólica com o receptor. Os meios de comunicação divulgam e consolidam a ideologia dominante, mas tornam-se ainda mais importantes porque proporcionam a distração essencial para que o indivíduo suporte uma existência intolerável.
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