I- Teoria da Bala Mágica ou
Hipodérmica
A Teoria da Bala Mágica e seus conceitos foram elaborados
pela Escola Norte-Americana nos anos 30 e foram propostos por Harold Lasswell. Segundo
este modelo, uma mensagem disseminada pela mídia é imediatamente aceita e
espalhada entre todos os receptores, em igual proporção. Seu principal objetivo
foi fornecer bases empíricas e científicas para a elaboração de sistemas de
comunicação, com ênfase nos efeitos da comunicação sobre o comportamento da
população.
A teoria em questão tenta responder especialmente à
interrogação: que efeitos são produzidos pela comunicação numa sociedade de
massa? Além disso, pode-se delinear o modelo hipodérmico como sendo uma teoria
da propaganda, ou seja, a difusão de concepções, idéias, valores e atitudes
através dos sistemas de comunicação de massa (rádio, jornal, TV, cinema,
revista). Trata-se de uma concepção mais ampla de "propaganda", que
não se restringe ao que conhecemos por "comerciais", mas a própria
difusão de idéias em espaços editoriais, informacionais, educativos e de
entretenimento.
Especialmente durante a segunda grande guerra, a
aplicação desta teoria foi, por assim dizer, “implementada”. A imprensa estava
sob forte censura, o que proporcionou a manipulação da informação falada e
escrita, moldando a opinião pública. A idéia principal era convencer a massa
(população) de que a guerra era algo bom, induzir o ódio ao inimigo, exaltar e
estimular o patriotismo e maximizar o esforço de guerra.
II- Teoria Empírico Experimental ou da
Persuasão
A teoria empírico-experimental faz parte do grupo das
chamadas pesquisas administrativas (Comunication
Research) da Escola Americana de Comunicação A Teoria acredita que a
persuasão é algo possível de se conseguir. Assim, para que os efeitos desejados
sejam alcançados, a comunicação deve-se adequar aos fatores pessoais do
destinatário. Portanto, não toma como irrelevante as características pessoais
do destinatário. Seu uso tem duração definida com objetivos claros. Foi
aplicada como suporte para campanhas eleitorais, informativas, propagandísticas
e publicitárias.
III- Teoria dos Efeitos Limitados
Embora baseada na Teoria da Persuasão, fundamenta-se
em aspectos sociológicos, e deduz que a mídia tem influência limitada na
sociedade por ser apenas um instrumento de persuasão, pois a mídia é apenas
parte da vida. A Teoria dos Efeitos Limitados trata, então, de influência e não
apenas da que é exercida pelos meios de comunicação em massa, mas da influência
mais geral das relações sociais (igreja, política, escola, etc.). Em suma, diz
respeito a todos os meios de comunicação em massa do ponto de vista da sua
capacidade de influência sobre o público e da influência mais geral das
relações sociais, da qual os mass media são
uma parte integrante. Nesta teoria, é possível distinguir duas correntes: a primeira diz
respeito ao estudo da composição diferenciada dos públicos e dos seus modelos
de consumo da comunicação de massa. A segunda, e mais significativa, compreende
as pesquisas sobre a mediação social que caracteriza esse consumo.
IV- Teoria Funcionalista
É uma área do conhecimento que
investiga sobre os conceitos que podem ser gerados pelas mídias de massa
relativa ao nível de normalidade e necessidade de uma sociedade. Propõe que os
conceitos éticos sejam obtidos de uma fonte externa ao ser humano, a qual pode
ser um livro, um conjunto de preceitos adotados por um grupo.
A teoria do Funcionalismo estuda o
equilíbrio entre o indivíduo e os veículos de transmissão (mass media) de conteúdo englobado. É fundamentalista por tentar
entender a função de cada meio de comunicativo e a lógica na problemática
social.
V- Teoria Matemática de Informação
Claude Shannon, matemático e engenheiro
elétrico norte-americano, nascido em 1916, publicou em 1948 o trabalho
intitulado “The Mathematical Theory of Communication”, que tentava mensurar a
capacidade de informação (bits) que poder ser transmitida em um canal de
comunicação (ar, fio, fibra, cabo, etc).
O trabalho de Shannon modelou um
sistema de comunicação generalista, composto pelos elementos abaixo
relacionados:
·
Fonte: representa
a origem da informação (um homem que deseja falar);
·
Mensagem:
representa o conteúdo da informação (a voz humana);
·
Codificador:
representa a conversão da voz (sinais acústicos) em sinais elétricos por meio
de um transdutor ou codificador (microfone);
·
Canal: representa
o meio de transmissão (fio telefônico, o ar, fibra óptica);
·
Decodificador:
transforma o código recuperado do canal em informação;
·
Destinatário:
representa ao destino da informação que foi transmitida no canal.
Segundo Shannon, o objetivo da comunicação seria
reproduzir de forma exata, em um determinado local, uma mensagem gerada em um
determinado ponto distante. Porém, de acordo com seu trabalho, toda transmissão
de informação poderia ser corrompida devido a imperfeições no canal e a erros
referentes a ruídos nos elementos transmissores e receptores.
VI- Visão, Som e Fúria – Paradigma
Midiático Tecnológico
McLuhan divide a história da
humanidade em quatro períodos ou épocas: Tribal, Literária, Impressa e
Eletrônica. As invenções cruciais que mudaram a vida no planeta foram o
alfabeto fonético, a imprensa e o telégrafo. A teoria de MacLuhan é determinística-tecnológica,
e suas conclusões afirmaram que as mudanças específicas nos modos de
comunicação moldam a existência humana, ou seja, as invenções na tecnologia
causam invariavelmente uma mudança cultural.
Todos nós somos membros de uma só
Aldeia Global. As mídias eletrônicas conduzem-nos a conhecer o que se passa no
mundo de modo instantâneo. Os cidadãos do mundo voltam ao espaço acústico.
VII- Paradigma Crítico Radical – A
Crítica da Industria Cultural
A teoria crítica foi idealizada por
Max Hokheimer em 1937 e está associada a Escola da Frankfurt. Na época, os
pensadores falavam que a população não questionava nada e era uma espécie de
parasita, pois apenas aceitava tudo o que a classe dominante lhe passava. Era
desta forma que os grandes governantes conseguiram chegar ao poder e se manter
através da ilusão do povo.
Estes criaram a indústria cultural,
um tipo de cultura enlatada que muitas vezes era considerada fútil pelos
grandes pensadores, além de determinar, pelo controle dos meios de comunicação,
o que era permitido ao povo ler, ouvir e assistir, promovendo uma espécie de
alienação, sem a cultura propriamente dita.
VIII – A Indústria Cultural – Adorno
e Hokheimer
A industria cultural, segundo Adorno
e Hokheimer, possue padrões que se repetem com a intenção de formar uma
estética ou percepção comum voltadas ao consumismo. Apesar da industria
cultural ser um fator primordial na formação de consciência coletiva nas
sociedades massificadas, nem de longe seus produtos são artísticos. Isso porque
esses produtos não mais representam um tipo de classe (superior ou inferior,
dominantes e dominados), mas são exclusivamente dependentes do mercado.
Essa visão permite compreender de
que forma a industria cultural oferece produtos que promovam uma satisfação
compensatória e efêmera que agrada os indivíduos, ela impõe-se sobre estes
submetendo-os a seu monopólio e tornando-os acríticos.
Para Adorno e Hokheimer, a indústria
cultural distingue-se da cultura de massa. Está é oriunda do povo, das suas
regionalizações, costumes e sem pretensão de ser comercializado, enquanto que a
primeira possui padrões que sempre se repetem aspirando formar uma percepção
comum voltada ao consumismo.
IX – Arte e Técnica
A
obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica.
A partir de uma orientação teórica
Marxista e Freudiana, Walter Benjamim iniciou a discussão com o surgimento da
reprodução técnica: os gregos conheciam a fundição e o relevo por pressão, logo
reproduziam moedas, trabalhavam o bronze e o barro cozido. A arte gráfica
definitivamente passou a ilustrar o cotidiano, tornando-se intima colaboradora
da imprensa.
Benjamim aponta para algumas
questões importantes como a noção de autenticidade, o valor de culto e a unicidade
na obra de arte. O que faz com que algo seja autentico é tudo o que ela contém
de originalmente transmissível, desde sua devoção material até seu poder de
testemunho histórico.
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