terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A Indústria Cultural


Camuflando as forças de classes, a Indústria Cultural apresenta-se como único poder de dominação e difusão de uma cultura de subserviência. Ela torna-se o guia que orienta os indivíduos em um mundo caótico e que por isso desativa, desarticula qualquer revolta contra seu sistema. Isso quer dizer que a pseudo felicidade ou satisfação promovida pela Indústria Cultural acaba por desmobilizar ou impedir qualquer mobilização crítica que, de alguma forma, fora o papel principal da arte (como no Renascimento, por exemplo). Ela transforma os indivíduos em seu objeto e não permite a formação de uma autonomia consciente.

Segundo a visão dos autores, é praticamente impossível fugir desse modelo, mas deveríamos buscar fontes alternativas de arte e de produção cultural, que, ainda que sejam utilizadas pela indústria, promovessem o mínimo de conscientização possível.

Um bom exemplo da força da Indústria Cultural é o artista de rua Banksy. Ele é um notório artista de rua britânico, cujos trabalhos em stencil são facilmente encontrados nas ruas da cidade de Bristol, numerosas manifestações de Banksy também são encontradas na capital britânica, Londres e em outras partes do mundo, como, Los Angeles, Nova York, e até no muro que separa Israel e Palestina. Suas intervenções são em grande maioria, críticas (ao governo, à guerra, ao consumismo, sociedade), sarcásticas e com um toque de humor negro.






       Quando faz exposições, Banksy coloca obras para vender. Quando faz um grafite na rua, não - o que não impede as obras de serem vendidas. A partir de 2007, tornou-se cada vez mais comum seus trabalhos saírem diretamente dos muros e paredes para as casas de leilão. Indignado, ele chegou a colocar em seu site a imagem de pessoas dando lances em uma figura que dizia "não acredito que vocês idiotas vão mesmo comprar esta merda".



    Em Liverpool, uma casa caindo aos pedaços alcançou o preço notável de R$ 300 mil, só porque em um dos lados do prédio há uma gigantesca cabeça de rato desenhada pelo grafiteiro famoso.

      
      Ironicamente, seus trabalhos têm transformado a street art em objeto de consumo: pedaços de muros com grafites seus têm sido retirados e vendidos em leilões na internet. O que era arte gratuita agora tem preço - e na maioria das vezes, bem alto. E dentre seus admiradores estão: Brad Pitt, Christina Aguillera e Jude Law.
     Atualmente, é muito fácil encontrar lojas que vendem produtos que fazem alusão ao mesmo. Oque prova que,mesmo lutando contra, ele acabara, de certa forma sendo absorvido pela Indústria Cultural.







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