INDÚSTRIA CULTURAL
Em nossa sociedade industrial, ainda é possível distinguir as obras de artes e os objetos técnicos produzidos a partir do desing e com a preocupação de serem belos. A diferença esta em que a finalidade destes objetos é funcional, isto é, os materiais e as formas estão subordinados à função que devem preencher. Da obra de arte, porém, não se espera e nem se exige funcionalidade, havendo plena liberdade para lidar com forma e materiais.
A partir da Revolução Industrial e prosseguindo no que se denomina agora sociedade pós-moderna, as artes foram submetidas a uma nova servidão: as regras de mercado capitalista e a ideologia da indústria cultural, baseada na idéia e na prática do consumo de “produtos culturais” fabricados em série. As obras de arte são mercadorias, como tudo o que existe no capitalismo.
A arte não se democratizou, massificou-se para consumo rápido no mercado da moda e nos meios de comunicação de massa, transformando-se em propaganda e publicidade, sinal de status social, prestígio político e controle cultural.
Sob os efeitos da massificação da indústria e consumo culturais, as artes correm risco de perder três de suas principais características:
1. de expressivas, tornarem-se reprodutivas e repetitivas;
2. de trabalho da criação, tornarem-se eventos para consumo;
3. de experimentação do novo, tornarem-se consagração do consagrado pela moda e pelo consumo.
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