Não é fácil perceber que a arte
como um todo vem perdendo um pouco da sua áurea, graças à evolução tecnológica
que da chance a muitas pessoas de fazerem “arte”. Fotos são modificadas, mudam
o filtro das fotografias que batem de um determinado momento para dar um ar
“poético” a ela. Isso não está incluso na Indústria Cultural, mas acho um fator
importante de ser apontado porque mostra que as gerações mais recentes estão
mudando a sua concepção de arte. Mas a culpa não do indivíduo, e sim o excesso
de informações que a sociedade lhe joga diariamente. Quantas vezes já vimos
Monalisa? E ao vivo? Quando reparamos nos seus detalhes impecáveis? A isso sim,
a culpa deve-se a Indústria Cultural, que por meio da repetição, e reprodução
em massa da arte, seja uma pintura ou uma música.
Esse processo desgastante leva,
de acordo com Walter Benjamin, à perda da aura (“uma figura singular, composta
de elementos espaciais e temporais: a aparição única de uma coisa distante, por
mais perto que ela esteja”) de uma obra.
A técnica da indústria cultural
levou a padronização e a produção em série, sacrificando a distância que
existia entre a particularidade da obra e a lógica da sociedade. O terreno no
qual essa técnica conquista seu poder sobre a sociedade é o poder que os economicamente
mais fortes exercem. A racionalidade técnica é a racionalidade da própria
dominação.
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