terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Arte e Técnica - Indústria Cultural


Não é fácil perceber que a arte como um todo vem perdendo um pouco da sua áurea, graças à evolução tecnológica que da chance a muitas pessoas de fazerem “arte”. Fotos são modificadas, mudam o filtro das fotografias que batem de um determinado momento para dar um ar “poético” a ela. Isso não está incluso na Indústria Cultural, mas acho um fator importante de ser apontado porque mostra que as gerações mais recentes estão mudando a sua concepção de arte. Mas a culpa não do indivíduo, e sim o excesso de informações que a sociedade lhe joga diariamente. Quantas vezes já vimos Monalisa? E ao vivo? Quando reparamos nos seus detalhes impecáveis? A isso sim, a culpa deve-se a Indústria Cultural, que por meio da repetição, e reprodução em massa da arte, seja uma pintura ou uma música.



Esse processo desgastante leva, de acordo com Walter Benjamin, à perda da aura (“uma figura singular, composta de elementos espaciais e temporais: a aparição única de uma coisa distante, por mais perto que ela esteja”) de uma obra.

A técnica da indústria cultural levou a padronização e a produção em série, sacrificando a distância que existia entre a particularidade da obra e a lógica da sociedade. O terreno no qual essa técnica conquista seu poder sobre a sociedade é o poder que os economicamente mais fortes exercem. A racionalidade técnica é a racionalidade da própria dominação.

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